A IGREJA CATÓLICA E OS TEMPLÁRIOS NA ATUALIDADE

Vaticano com autorização do Papa Bento XVI publica em 25/10/2007 um documento secreto sobre o julgamento dos Templários mostrando a inocência da Ordem do Templo


O chamado Pergaminho de Chinon é um documento histórico que foi encontrado dentro dos arquivos secretos do Vaticano, originalmente publicado por Étienne Baluze no século XVII, na obra "Vitae Paparum Avenionensis" ("A Vida dos Papas de Avignon"). Este documento veio a tona quando foi descoberto pela Dr.ª Barbara Frale, este documento comprova que o Papa Clemente V havia absolvido secretamente na época o último Grão-mestre Jacques de Molay, e os demais dirigentes da Ordem dos Templários no ano de 1308 contra todas as falsas acusações feitas pela Santa Inquisição. O pergaminho está datado "Chinon, dezessete a vinte de agosto de 1308". O Vaticano possui uma cópia autenticada sob a referência "Archivum Arcis Armarium D 218". O Papa Bento XVI em outubro de 2007 autorizou o Arquivo Secreto do Vaticano a publicar uma obra na qual reúnem todos os documentos que estão relacionados a todo o julgamento da Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo (Ordem dos Templários ou ainda conhecida como Ordem do Templo). 

Foram colocados a venda 799 exemplares do "Processus contra Templarios". A obra contém uma cópia do "Pergaminho de Chinon", o documento que comprova que o Papa Clemente V deu a absolvição ao último grão-mestre dos Templários, Jacques Bernades de Molay, e aos cavaleiros da Ordem. Segundo este documento o Papa Clemente V ainda permitiu aos Templários "receber os sacramentos cristãos e serem acompanhados por um capelão" até os últimos momentos antes de suas execuções nas fogueiras da inquisição. Somente com a descoberta do Pergaminho de Chinon que ocorreu em 2001 e os seus estudos é que foi possível à Igreja "esclarecer" o comportamento de Clemente V durante o julgamento contra os Templários. O Papa "absolveu" os Templários porém temendo que ocorresse um cisma dentro da Igreja optou por sacrificar a sobrevivência da Ordem. 

Com a revelação da descoberta do "Pergaminho de Chinon" e a publicação da obra "Processus contra Templarios" boa parte dos mitos que acercavam a Ordem dos Templários caem por terra, encerrando assim as diversas teorias conspiratórias que relacionavam a Ordem dos Templários a conteúdos esotéricos e comportamentos heréticos. Na atualidade publicamente a Igreja não manifestou nenhum interesse em restituir a Ordem dos Templários, o que temos nos dias atuais são associações privadas de fiéis católicos que buscam a preservação da tradição e os ensinamentos beneditinos da Ordem do Templo, algumas destas associações possuem o reconhecimento de Aprovação Eclesiástica por decreto conforme previsto no cânone 113 §2, 114 a 116, 298 a 311 e 321 a 326 em relação ao cânone 312 §1.3º do Código de Direito Canônico da Igreja Católica. Esta abertura para que um bispo pudesse aprovar uma associação privada de fiéis católicos se deu no Concílio Vaticano ll onde foi ressaltada a concepção ainda mais clara e precisa de que os fiéis possuem um direito de se associar, inclusive para finalidades espirituais, de caridade, de apostolado e, enfim, religiosas de um modo geral.